Petros confirma vendaPetros confirma venda da fatia na Eldorado Celulose

A venda proporcionará maior liquidez ao Plano Petros do Sistema Petrobras (PPSP), que concentra a totalidade do FIP Florestal

A Petros investiu R$ 272,250 milhões no FIP Florestal, em dois aportes entre 2009 e 2010 (João Quesado/Divulgação)
Por Estadão Conteúdo
São Paulo – A Petros decidiu vender a participação na Eldorado Celulose. O Conselho Deliberativo do fundo de pensão aprovou na quarta-feira, 11, a venda das cotas do FIP Florestal, exercendo o direito de tag along da fatia de 24,75% detida, que corresponde à participação indireta de 8,53% no capital da Eldorado Celulose.

 

A decisão confirma a informação da Coluna do Broadcast de 4 de outubro, de que o Petros estava avaliando o direito de tag along e havia pedido mais prazo para avaliar – originalmente, teria de ter formalizado sua decisão no último dia 5.

O instrumento permite que o acionista minoritário possa vender sua participação nas mesmas condições oferecidas ao controlador, ou seja, o grupo J&F, que no fim de setembro vendeu sua parte na Eldorado para a Paper Excelence.

A Petros explica em nota que solicitou à Paper Excellence a extensão do prazo para balizar a decisão e identificar se as condições contratuais e o valor obtido com a venda estavam em linha com o investimento inicial no ativo, ajustado pela meta atuarial. O estudo foi submetido ao Comitê de Investimentos e ao Conselho Deliberativo da Petros, segundo o presidente da fundação, Walter Mendes.

Somente após a decisão do Conselho Deliberativo, a Petros concluirá as negociações com a Paper Excellence para assinatura do contrato de compra e venda das suas quotas no FIP.

Mendes afirmou que a venda proporcionará maior liquidez ao Plano Petros do Sistema Petrobras (PPSP), que concentra a totalidade do FIP Florestal. “Essa decisão está totalmente aderente à política de investimentos estabelecida para o perfil maduro do plano.”

A Petros investiu R$ 272,250 milhões no FIP Florestal, em dois aportes entre 2009 e 2010, valor que ajustado pela meta atuarial do período iria para R$ 650 milhões (setembro/2017) – “bem acima da precificação atual do ativo na carteira do PPSP, que está em R$ 388 milhões, conforme a última avaliação econômico-financeira contratada pelo administrador do FIP Florestal”, como explica o comunicado.

EXAME -  BRASIL - 13 octubre 2017